domingo, 22 de janeiro de 2012

A fita métrica do amor



 

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme quando
fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando
olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em
si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa
justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais
importante entre duas pessoas: a amizade. 

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca
alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando
desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam
dela, mas de acordo com o que espera de si mesma

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um
relacionamento, pode crescer ou não num espaço de poucas semanas: será
ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma
decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. 

Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se
encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de
centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhe-la inesperadamente,
se torna mais uma. 

O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os
músculos que tornam uma pessoa grande.
 
É a sua sensibilidade sem tamanho!

(Martha Medeiros)
   


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