domingo, 22 de janeiro de 2012

Canção das mulheres




Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. 

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. 

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. 

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. 

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. 

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. 

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. 

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. 

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. 

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. 

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

A Lenda da Rosa Azul













No Mosteiro da Cartuxa, no Bussaco, em Portugal, vivia, em séculos que já se foram, um piedoso e santo monge, cuja vida se consumia, inteira, entre a oração e as rosas. Jardineiro da alma e das flores, passava ele as manhãs de joelhos, no silencio da nave, aos pés de um Cristo crucificado, e as tardes, no pequeno jardim da ordem, curvado diante das roseiras, que ele próprio plantava e regava.
A sua paciência de jardineiro era absorvida, entretanto, por uma idéia, que era um sonho:encontrar a rosa azul das legendas do Oriente, de que tivera noticia, uma noite, ao ler os poemas latinos dos velhos monges medievais. Para isso, casava ele as sementes, os brotos, fundia os enxertos, combinando as terras, com que as cobria, e as águas, com que as regava, esperando, ansioso, o aparecimento, no topo da haste, do sonhado botão azul!
Ao fim de setenta anos de experiências e sonhos, em que se lhe misturavam na imaginação as chagas vermelhas de Cristo e as manchas celestes da sua rosa encantada, surgiu, afinal, no coroamento de um galho de roseira, um botão azul, como o céu. Centenário e curvado, o velhinho não resistiu à emoção; adoeceu, e, conduzido à cela, ajoelhou-se diante do Crucificado, pedindo-lhe, entre soluços pungentes, que, como prêmio à santidade da sua vida, não lhe cerrasse os olhos sem que eles vissem, contentes, o desabrochar da sua rosa azul.
Em volta do santo velhinho, no catre do mosteiro, todos choravam, compungidos. E foi, então, que, divulgada de boca em boca, foi a noticia ter a um convento das proximidades, onde jazia, orando e sonhando, uma linda infanta de Portugal. Moça e formosa, e, além de formosa e moça, - fidalga e portuguesa, compreendeu a pequenina freira, no jardim do seu sonho, o valor daquela ilusão, e correu à sua cela, consumindo toda uma noite a fazer, com os seus dedos de neve, uma viçosa flor de seda azul, que perfumou, ela própria, com essência
de gerânio. E no dia seguinte, pela manhã, morria no seu catre, sorrindo entre lágrimas de alegria, por ter nas mãos tremulas, por um milagre do céu, a sua rosa azul!
Feliz, meu amigo, aquele que morre, como esse monge...
 apertando nas mãos a rosa, mesmo mentirosa, de uma
roseira de que cuidou toda a vida.



Quando o amor acaba


Alguns amores duram para sempre. 
Outros se renovam. 
Alguns se perdem por aí, por falta de cuidado. 
Mas muitos amores acabam. 
E quando um amor acaba, dói igual pra quem deixou de amar e pra quem deixou de ser amado. 
O fim de um amor vem sempre carregado de mágoa, de frustração... 
É que quando a gente ama, sente um poder e uma força tão grandes, que nem passa pela cabeça viver sem essa emoção. 
Não tem jeito, tem amor que chega ao fim. 
Mas quer saber? 
O ser humano nasce com uma capacidade inesgotável de amar. 
Não é à toa que amamos intensamente filhos, pais, irmãos, amigos... 
E não é à toa que amamos mais de um homem ou de uma mulher na vida. 
Por isso, se o seu amor foi embora e você acha que ficou vazio, acredite, é coisa passageira. 
É apenas uma pausa pro começo de um amor novo que vem por aí. 
Porque quando a gente ama, fica com uma reserva de coisa boa aqui dentro. 
Se não fosse assim, não sobraria nada pra dar à próxima pessoa que chega.
Só quem já amou de verdade sabe que amor é o tipo da coisa que quanto mais a gente dá, mais tem. 
Embora os poetas sempre escrevam sobre desilusão, ninguém morre de amor... 
É exatamente o contrário: 
A gente vive de amor. Se não fosse o amor, não estaríamos aqui. 
Amor é prática. É exercício. 
É insistir na busca da felicidade. 
Se usarmos a inteligência, a paciência e, claro, a tão necessária esperança...
O amor nunca vai faltar. 

Texto: Lena Gino.

Toda mulher deveria ter...




Um velho amor que ela pudesse recordar e alguém que se lembrasse dela como uma pessoa especial. 

Uma juventude que ela tenha deixado para trás com satisfação. 
Um passado interessante que a permita revivê-lo quando for mais velha. 
A percepção de que ela realmente terá uma velhice com algum dinheiro guardado. 
Um jogo de chaves de fenda, uma furadeira sem fio e um sutiã preto de renda. 

Uma amiga que sempre a faça sorrir e outra que a permita chorar. 
Um lindo móvel que não tenha sido herdado da família, oito pratos iguais, copos altos de vinho e uma receita que faça com que seus convidados sintam-se honrados. 

Uma sensação de controle sobre seu destino, cuidado com a pele e com o corpo para contrabalançar 
Outros poucos aspectos da vida que não melhoram após os 30. 
Uma carreira sólida, um bom relacionamento e tantos outros aspectos que melhoram após os 30. 

Todas as mulheres deveriam saber... 
Como se apaixonar sem se perder. 
Ou como sair de um relacionamento... 
Como sair de um emprego ou discutir com uma amiga, sem destruir a amizade. 
Quando insistir e quando desistir. 
Como pedir o que quer de maneira que sinta que irá conseguir. 

Que ela não pode mudar o tamanho das suas coxas, a largura de seus quadris e nem o temperamento de seus pais. 
Que sua infância pode não ter sido perfeita, mas já passou. 
O que ela faria ou não por um amor, como viver sozinha, mesmo que não goste. 
Em quem pode confiar, em quem não pode. 
O que ela pode ou não pode realizar em um dia, um mês e um ano. 
Toda mulher deveria saber como usar este manual... 
A vida iria ficar bem melhor!

GENTILEZA





Você já ficou surpreso por que algum desconhecido foi gentil com você?
Muitas pessoas nem sentem, mas já se acostumaram com a falta de gentileza... 
E quando ela acontece, vira um evento.
As relações ficaram tão frias, que o normal é a secura, a indiferença e até a hostilidade.
As pessoas parecem estar mais preparadas para se defender de ofensas do que receber palavras doces e gestos de carinho.
A gentileza virou artigo de luxo, peça de antiquário... 
Virou memória.
Tem gente que desconfia de homem muito gentil... 
Dizem logo que é gay.
Mulheres muito gentis são vistas como frescas ou falsas.
O mundo perdeu a referência de gentileza, de delicadeza.
Ser xingado no trânsito virou rotina. Ser destratado por quem ganha para servir, é comum nos estabelecimentos.
A gente se depara com caras feias, impaciência e maus humores o tempo todo. até mesmo em casa...
Mas eu não me acostumo com isso, não!
Eu quero gentileza pra minha vida. e quero ser gentil também.
Quero ser tratada com respeito, com carinho... 
Tratada como gente, que é exatamente o que a palavra gentileza sugere... 
Gentileza é coisa de gente!
A juventude já não acha necessário dar o lugar para os idosos no ônibus, no metrô, nas filas.
Os homens já não praticam a delicadeza com o sexo oposto.
As mulheres, por sua vez, se emanciparam e dispensam o cavalheirismo, porque acham que está fora de moda.
Eu quero gentileza, sim. De homens, de mulheres, de crianças, de estranhos.
Quero o gesto sutil, o telefonema de agradecimento, o bilhete de boas vindas, as flores, os bombons...
Eu quero um simples olhar de sinceridade, porque ser verdadeiro é ser gentil também...
Eu quero a gentileza pela gentileza. Por menor que seja o gesto... 
Ele faz bem, é necessário... 
E essencial!
Texto: Lena Gino


Alfabeto do Amigo



 
Aceita você, como você é.
Bota fé em você.
Chama-o ao telefone só pra dizer "OI".
Dá-lhe amor incondicional.
Ensina-lhe o que sabe de bom.
Faz-lhe favores que outros não fariam.
Grava na memória bons momentos passados com você.
Humor não lhe falta pra fazer você sorrir.
Interpreta com bondade tudo o que você diz.
Jamais o julga, esteja você certo ou errado.
Livra-o da solidão.
Manda-lhe pensamentos de ternura e gratidão.
Nunca o deixa em abandono.
Oferece ajuda quando vê sua necessidade.
Perdoa e compreende suas falhas humanas.
Quer vê-lo sempre feliz.
Ri com você e chora quando você chora.
Sempre se faz presente nos momentos de aflição.
Toma suas dores e evita que o maltratem.
Um sorriso seu basta para fazê-lo feliz.
Vence o inimigo invencível junto com você.
Xinga e briga por você.
Zela, enfim, pela jóia que você representa.

Autoria desconhecida 

Arnaldo Jabor para as mulheres com mais de 30




 
Isto é para as mulheres de 30 anos pra cima…
E para todas aquelas que estão entrando nos 30,
e para todas aquelas que estão com medo de entrar nos 30…
E para homens que têm medo de meninas com mais de 30!!!
“ A medida que envelheço, e convivo com outras,
valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30.
Estas são algumas razões do porquê:
- Uma mulher de 30 nunca o acordará
no meio da noite para perguntar: “O que você está pensando?”
Ela não se importa com o que você está pensa,
mas se dispõe de coração se você tiver intenção de conversar.
- Se a mulher de 30 não quer assistir ao jogo, ela não fica
à sua volta resmungando.
Ela faz alguma coisa que queira fazer.
E, geralmente è alguma coisa bem mais interessante.
- Uma mulher de 30 se conhece o suficiente
para saber quem é, o que quer e quem quer.
Poucas mulheres de 30 se incomodam com
o que você pensa dela ou sobre o que ela esta fazendo.
- Mulheres dos 30 são honradas.
Elas raramente brigam aos gritos com
você durante a ópera ou no meio de um
restaurante caro. É claro, que se você merecer,
elas não hesitarão em atirar em você, mas só
se ainda sim elas acharem que poderão se
safar impunes.
- Uma mulher de 30 tem total confiança
em si para apresentar-te para suas melhores amigas.
Uma mulher mais nova com um homem tende a
ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela
não confia no cara com outra mulher.
E falo por experiência própria. Não se fica
com quem não confia, vivendo e aprendendo né???
- Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seus pecados
para uma mulher de 30. Elas sempre sabem….
- Uma mulher com mais de 30 fica linda usando
batom vermelho. O mesmo não ocorre com
mulheres mais jovens.
- Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota,
se você estiver agindo como um!
- Você nunca precisa se preocupar onde se
encaixa na vida dela. Basta agir como homem,
e o resto deixe que ela faça;.
- Sim, nós admiramos as mulheres com mais
de 30 por um “sem” números de razões.
Infelizmente, isso não é recíproco.
Para cada mulher de mais de 30, estonteante,
inteligente, bem apanhada e sexy,
existe um careca, velho, pançudo em
calças amarelas bancando o bobo para
uma garçonete de 22 anos.
Senhoras, EU PEÇO DESCULPAS:
Para todos os homens que dizem,
“porque comprar uma vaca se você pode
beber o leite de traça?”, aqui está a novidade para vocês:
Hoje em dia 80% das mulheres são contra
o casamento, sabe por quê?
Porque as mulheres perceberam que
não vale a pena comprara um porco inteiro
só para ter uma lingüiça. Nada mais justo. 

A Borboleta e o Cavalinho


A borboleta e o cavalinho


 
Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante ha
muitos anos atrás. Eram elas, um cavalinho e uma borboleta. Na verdade, não tinham
praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram
e criaram um elo.

A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem.
Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue
à natureza. Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e
a partir daí sua liberdade foi cerceada. A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade
de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta. 
Gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era
por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho. Assim, todos os
dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.
Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração
o sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar
o seu cabresto por causa do seu enorme peso. Ela, muito carinhosamente, tentava de
todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha
tão frágil.

Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o
seu companheiro. Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do
cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou
 o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
 Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.
Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se
escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore. Logo
em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali. 
-Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
- Ah, é você então o famoso cavalinho?
- Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você.
- Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?

- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.
- Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso?
-Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia
visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela
quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém. Insistíamos muito para saber quem era o
autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela
manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.

Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza
 e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me
disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que elarecebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou
muito doente, triste e sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias?
- Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
 Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu
 nunca pude ajudá-lo a resolver. Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo
 demais pra ele vir até aqui."




A fita métrica do amor



 

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme quando
fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando
olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em
si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa
justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais
importante entre duas pessoas: a amizade. 

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca
alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando
desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende,
quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam
dela, mas de acordo com o que espera de si mesma

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um
relacionamento, pode crescer ou não num espaço de poucas semanas: será
ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma
decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. 

Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se
encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de
centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhe-la inesperadamente,
se torna mais uma. 

O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os
músculos que tornam uma pessoa grande.
 
É a sua sensibilidade sem tamanho!

(Martha Medeiros)