sábado, 29 de outubro de 2011

Meu nome é mulher



No princípio, eu era a Eva
Nascida para a felicidade de Adão
E meu paraíso tornou-se trevas
Porque ousei libertação.

Mais tarde, fui Maria
Meu pecado redimiria
Dando à luz aquele que traria a salvação
Mas isso, não bastaria
Para eu encontrar perdão.

Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.

Muito tempo depois, decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!

Hoje, não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista, piloto de avião
Policial feminina, operária em construção.

Ao mundo, peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é competência
O meu nome é mulher!

Autoria de Fátima Aparecida Santos de Souza (Pérola Neggra)

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