sábado, 3 de dezembro de 2011

A cruz



Antônio chegou ao paraíso e foi direto falar com São Pedro.
- São Pedro, a minha vida na terra foi muito difícil. A minha cruz era muito grande e o fardo muito pesado. 
Reclamava demais de sua vida e dos problemas. Tempos difíceis, dizia ele. 
São Pedro respondeu: 
- Filho, sua jornada na terra ainda não acabou. Terá que retornar, para cumprir o restante dos mandamentos do Senhor. 
Antônio, espantado, falou: 
- São Pedro, achei que já estava diante do paraíso. Tenho que voltar par cumprir mais tarefas? Carregar de novo a minha cruz? 
- Sim, respondeu São Pedro. Mas, poderá entrar naquele quarto ali e escolher uma nova cruz. 
Assim que Antônio chegou ao quarto, viu muitas cruzes de diversos tamanhos e com pesos variados. Havia cruzes que não se conseguia nem ver o topo de tão alta. 
Outras eram tão largas, mas tão largas, que 100 homens não conseguiriam abraçá-las. Eram milhares de cruzes de ferro, de pedra, de madeira, de todos os tipos e cores. 
Antônio, então, avistou num cantinho do quarto uma cruz pequenina, feita de madeira leve e toda pintada de branco. 
Antônio apanhou a pequena cruz e disse a São Pedro. 
- São Pedro, esta é a cruz que eu escolhi para voltar a terra.
E São Pedro lhe respondeu: 
- Meu filho, esta cruz que você escolheu, é a cruz que você sempre carregou pelo mundo afora. 

Moral da história:
Antes de reclamar da vida, olhe para lado, veja o tamanho da cruz que o seu semelhante mais próximo está carregando e tire as suas próprias conclusões.


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