sábado, 3 de dezembro de 2011

Sabedoria



Quando ficamos presos ao passado ressentimos o que  aconteceu como se estivéssemos lá. Afinal, estamos onde nossa mente está e  muitas de nossas reações impulsivas das quais nos arrependemos depois nascem  deste ressentimento.
Ressentir é sentir de novo o que já passou, é dar as  costas para o futuro e esquecer o presente. Ressentimento é uma emoção e não um  fato, o fato aconteceu lá traz, a diferença é o significado que damos a este  fato.
Lembrar coisas boas nos dá ânimo para continuar,  ressentir mágoas, raiva e ódio nos corroe literalmente, pois se refletem em  nosso corpo, ocasionam doenças físicas e emocionais.
Emoções negativas, contidas e ressentidas destroem a  vida, cegam os mais belos olhos, ensurdecem os mais ávidos ouvidos, param os  mais saudáveis corações. Privam de prosperidade um filho de Deus.
    
  Deixar de ressentir e se libertar é uma atitude de  inteligência e a atitude que neutraliza o ressentimento se chama perdão...  Então, o perdão é um ato de inteligência. O ressentimento é a escuridão, o  perdão a sua luz.
O perdão antes de tudo é um ato de auto-amor, de  auto-preservação e de auto compreensão. Não é o outro que mais ganha, somos  nós. Muitos confundem o perdão com outras atitudes e coisas, por isso, deixam de perdoar.
Muitos criam objeções ao perdão, porque acreditam que  se perdoassem estariam concordando com o comportamento prejudicial que violou  seus valores. Isso não é verdade...
Acreditam que o perdão eliminaria a função positiva,  como, evitar a repetição do comportamento inadequado. O perdão é interno e não  significa concordar com o comportamento do outro ou deixar de evitar a  repetição desse comportamento.
Perdão é uma atitude racional que liberta nosso  emocional... Separe a função positiva aparente da raiva da função positiva  efetiva do perdão. Aparentemente a raiva nos liberta, na verdade nos prende.  Aparentemente o perdão é renuncia, na verdade é libertação.
O perdão é uma atitude de inteligência. Pense: como é  ressentir e remoer algo que aconteceu em seu passado? Agora, pense: Como seria  se você tivesse perdoado? Responda: O que é mais saudável e mais inteligente  para você?
 Para perdoar  inteligentemente, liberte-se da necessidade de se zangar, de brigar, de  ressentir e ofereça respostas comportamentais específicas para realizar essa  função protetora, isto é, haja racionalmente de acordo com a situação. Por isso  que dizemos: quem berra perde a razão...
O perdão antes de tudo é um “deixar ir”, uma permissão para o  desprendimento, um libertar-se de algo. E isso é uma libertação de si próprio  que liberta os outros. Quem quer ficar preso a algo que faz mal a si mesmo?
Muitos guardam ressentimentos de pessoas que já se  retiraram de sua vida ou que até já não fazem mais parte desse mundo. O que há  de bom para você nesse ressentimento? Se, não há nada de bom o que te impede de  perdoar?
Lembre-se, antes de perdoar tem que se querer, esse é  o primeiro passo. Perdoar os outros ou a si próprio não significa aceitar o  comportamento que nos prejudicou ou prejudicou a outros, nem renunciar valores  que foram violados.
Perdoar é uma atitude de inteligência que traz paz e  solução para sua vida. Então se pergunte: Você quer solucionar esta situação  interiormente? Você quer se livrar deste fardo?
Perdoar tem mais a ver com você do que com o outro,  podemos perdoar sem haver reconciliação são coisas diferentes, o perdão é  interior, ocorre em nosso mundo mental. 
    
  Perdoar é uma atitude de inteligência, é uma religião  no sentido mais próprio da palavra, isto é, religar-se a Deus pela compreensão  de si mesmo, do outro e de uma situação. Compreender é diferente de concordar,  entender é diferente de permitir que a situação se repita.
O perdão nasce da compreensão que promove a  libertação e ambas são sementes da mais pura sabedoria. Perdoe e liberte-se!


  Coach, Consultor e Palestrante
  flaviosouza@vocevencedor.com.br



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